A lua, toda nua, ilumina meus pensamentos...
E eu, toda sua, uso ela como alimento.
Para vida ou para a poesia...pelo menos eu tento!
O escuro da noite trás o silêncio,
E o silêncio me faz enxergar.
Com a luz da natureza, não sou gata nem alteza.
Mas ouço e vejo com igual pureza,
De um ser contaminado, mas de alma grandiosa.
Me redimo quando me encontro,
Com deus, comigo...com essa tal de natureza.
A busca constante de resposta para o mistério...
- Por que existo?
- Por que resisto?
- Eu tô falando sério!!!
E antes que o sol volte a brilhar, para me elucidar...
Escrevo.
Escrevo para lembrar:
- O quanto sou humana, animal, pó e ar.
Quanto sei sobre o medo, sobre o oculto, sobre viver e sobre amar.
Num piscar de olhos, tudo recomeça:
- Eu piro, surto, grito, fujo, soluço, respiro e volto a lembrar!
Volto pra mim, volto pra ela.
Minha luz, minha esfera...
Digo:
- Lua sou sua...pode vir me buscar!